Não sei se algum dia, mês ou ano se viu assim como se assinala hoje. É a capicua comemorativa de São Martinho que aconselha a gente a aquecer-se com castanha assada, caldo verde, sardinha e um bom copo do licoroso vinho à nossa moda.
Nada melhor do que festejar mesmo que a crise ande por aí instalada nos rostos e nas carteiras do pessoal. Tristezas não pagam dívidas e nada como aproveitar enquanto cá estamos em dias como este que não são muito frequentes: 01/01/01, 02/02/02, 03/03/03, 04/04/04, 05/05/05, 06/06/06, 07/07/07, 08/08/08, 09/09/09, 10/10/10 e este 11/11/11 estava cá. Para 12/12/12 ninguém sabe o que será.
Portanto, com São Martinho do nosso lado faz-se no prado com castanhas e vinho de alegria degustado.
O Miguel Bettencourt organizou o jantar. O Arrumário, de Zé Maria, tirou-nos a foto. O Filipe Rocha publicou a foto do grupo e eu agradeço este fantástico convívio que marca uma nova etapa nos blogs terceirenses que dele fizeram parte.
Ver aqui, aqui e aqui.
Iniciativas destas são sempre de louvar.
Foto por Zé Maria
Como sabem, ontem foi
o Dia Mundial do Livro. Teve lugar no auditório da Biblioteca Pública
e Arquivo de Angra do Heroísmo um evento muito interessante, com
presenças que iam desde o miúdo até ao mais graúdo. Todos disseram o
que sentiram e, eu, que até não sou muito letrado, gostei de estar
presente. Fui na companhia da Azoriana que, a ver pelo que ela escreveu, adorou
aquele convívio diferente e útil.
Foi dito por um jovem que lá
estava que seria muito interessante ocupar as salas de espera dos
hospitais, e demais serviços onde o público passa algumas horas
vazias, com livros e mais livros... Assim todos (ou quase) teriam a
oportunidade de ler livros enquanto esperam a sua vez.
Falou-se
também na hora do conto no Centro Cultural e de Congressos de Angra do
Heroísmo, com a presença da camada infantil.
Acho que deviam
voltar também as "bibliotecas itinerantes" pelas freguesias da ilha
para aquelas pessoas que raramente vem procurar os locais onde os
livros estão repousados e/ou à espera de que alguém os leia. Ouvi que
virão especialistas de contar contos para a ilha, uma experiência que
já aconteceu antes e parece que se vai repetir.
Nos meus tempos
de juventude costumava ler alguns livros "itinerantes" que me passavam
quase à porta.
Senti-me bem a ouvir a conversa à volta dos
livros que cada um levava e lia um pedacinho. O Representante da
República Portuguesa recebeu muitos aplausos e com livros na mão que
lhe serviram apenas de mote para o que declamava de cor; o Dr.
Fagundes Duarte (na mesa de honra), o poeta Álamo Oliveira que ganhou
muitos aplausos, e a única criança que lá estava, com seu irmão e sua
mãe, uma poetisa terceirense - Luísa Ribeiro.
E mais poetas e escritores
por lá estiveram e quase nem deram por passarem pelo tempo.
Bons dias, cara
bloguista.
Aqui vão os meus parabéns por cumprir mais um
aninho, que já são muitos, e espero que se repita por muitos longos
anos.
Bjk
Hoje, o blog Azoriana / Açoriana está em festa. Penso que será
um dos primeiros blogs femininos a existir na blogosfera
terceirense.
Segunda-feira da Serreta. O dia apresentou-se com chuviscos. A tolerância de ponto dada à ilha Terceira era motivo de alegria. Os funcionários estavam dispensados para gozarem um dia normal numa festa que atrai milhares de peregrinos, só que a chuva não convidava à tourada que, mesmo assim, se realizou.
Para quem segue à risca esta tradição não podia faltar. E lá estava eu e a família que também partilha do mesmo sentimento festivo. O problema é que ninguém se lembrou de levar o guarda-chuva. De repente, os pingos graúdos começaram a desabar dum céu nublado de negro e pesado de água. Ao meu lado começo a verificar um desassossego e um burburinho constante à medida que os pingos se avolumavam por cima de nós. O tempo escasseava para fugir dali e podíamos escorregar e ainda nos magoávamos e bem... Nisto vejo que tudo serve para empatar a molha certa. A prima tinha-se lembrado de trazer uns sacos de lixo, daqueles que dá para meter um corpo inteiro lá dentro e só ficar a cabeça de fora e metade das pernas e, claro que, os pés também ficam a descoberto e com os dedos todos encharcados. Assim foi. Ali à volta todos se muniram dos tais sacos e abriu-se uma abertura na parte inferior e enfiou-se pela cabeça abaixo ficando só o rosto com um buraco para evitar o sufoco.
Quem nos visse naquele estado ainda podia pensar que se tratavam de pinguins entre a verdura do Pico da Serreta, ou então, nem davam por nós, se ficássemos calados. Mas era impossível ficarmos quietos pois o toiro já estava fora e os músicos da Filarmónica Recreio Serretense, animados pela chuva interna (e externa) faziam com que a festa estivesse animada, mesmo que encharcada. Quando o foguete de duas bombas ecoou nos céus o toiro já estava dentro da gaiola e foi aí que resolvi abandonar, devagar, a posição que ocupava. Percebi que não adiantava o saco enfiado até aos joelhos, porque a humidade instalava-se por dentro e podia trazer consequências ruins para a saúde. O mesmo acontecia com a minha cara-metade que, no dia seguinte, sentiu as dores musculares e um frio de rachar ao ponto de ter de usar cachecol porque a garganta acusava alguma irritação. Mais vale prevenir que remediar e a farmácia estava longe. Mesmo assim conseguimos uma receita milagrosa e na quarta-feira já tudo estava voltando ao normal, tal como o bom tempo.
Vai daí que fomos na “peregrinação” ao Mato para ver engaiolar os toiros que iam correr no caminho em frente ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, que via assim os seus dias de Festa a chegar ao fim. Foi uma manhã e princípio de tarde muito animadas com churrasco, música e rodas à moda antiga com a prata da casa. Os emigrantes serretenses mataram as saudades das folias de antigamente. A felicidade e a alegria estavam estampadas nos rostos de todos e só acabou às tantas. São dias normais assim que eu gosto.
Há um ano foi esta a imagem que postei. Se clicares nela verás o que escrevi. Hoje o texto ainda está válido mas não há choros. Um ano basta para mudar muita coisa. A mim mudou. Sou pai adoptivo de pelo menos um rapazinho que me ofereceu 3 prendas. Gostei muito. Uma delas tinha escrito o que se segue e fiquei feliz:
"Feliz Dia do Pai
Sei que não és meu pai
és meu padrasto.
Mas como estás com a minha mãe
o padrasto é como pai (meu pai).
Pipoca"
Também sei que vou ter uma prenda da minha querida filha.
Lembro-me sempre do meu pai especialmente neste dia porque a Fanfarra Operária Sacadura Cabral faz 102 anos hoje. O meu pai, em novo, era o contínuo desta Sociedade Filarmónica de Angra do Heroísmo, cuja sede fica situada na Rua da Guarita.
O gosto que ele tinha era ver um dos seus filhos aprender a tocar música na Fanfarra e teve um que aprendeu tanto que saiu à rua com 12 anos. Naquele tempo era o músico mais novo que a Fanfarra tinha, o meu irmão mais novo.
O meu pai chamava-se José de Freitas "Pastor". Se ele fosse vivo tinha 89 anos e aposto que hoje seria um dos seus dias mais felizes.
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